Quando uma criança é diagnosticada com autismo, a primeira providência é procurar qual a melhor intervenção para o caso apresentado. Sendo assim, é possível notar que o tratamento é crucial para que a pessoa seja submetida a procedimentos que a levarão a resultados completamente satisfatórios. Mas e quando o autismo vem acompanhado de comorbidades neurológicas? O que fazer?
Bom, quando os pais lidam com situações semelhantes, a opção que se apresenta como a melhor é o acompanhamento médico. A presença de especialistas é de total importância para que eles possam proporcionar tratamento tanto para o autismo em si, como para a comorbidade manifestada.
Quais são as principais?
De acordo com pesquisas, cerca de dois terços de pacientes
diagnosticados com autismo apresentam transtornos psiquiátricos associados. Há casos de crianças que manifestam até mais de um. No entanto, como cada situação é única, fica difícil falar sobre as incidências. O que se pode elencar aqui é uma lista com as três principais, pelo menos aquelas que costumam aparecer na vida das pessoas com autismo.
– TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Embora o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)seja constantemente confundido pelas pessoas, é bem verdade que o distúrbio pode ser considerado uma comorbidade do autismo. Vale ressaltar que ambos afetam em grande parte os meninos. Outro detalhe que jamais deve passar despercebido é o fato de o TDAH ignorar o autismo ou vice-versa; ou seja, é importante que pais e profissionais reconheçam a possibilidade de os dois coexistirem.
– Transtorno bipolar
Estudos revelam que o transtorno bipolar pode estar presente na vida de 27% dos pacientes com autismo. Outro dado que chama a atenção é o fato de somente 4% da população geral ser afetada. No caso dos autistas, isso é notado em algumas características, tais como: grande excitação para falar, irritabilidade, euforia e depressão.
No entanto, não existe um consenso se esses comportamentos, observados nas pesquisas, podem ser considerados, de fato, pertencentes ao TDAH ou próprio do autismo. O que se sabe é que existem profissionais que afirmam reconhecer tal coexistência. Ainda há muito estudo a ser feito.
– Transtorno Opositor Desafiador (TOD)
Nesse caso, a criança tem como característica um tipo de comportamento mais agressivo e que se pauta em uma clara desobediência, que pode ser notada em sala de aula ou dentro de casa. Além disso, quando manifestada junto com o autismo, o TOD pode implicar em uma interação social mais intensa, uma vez que nem todas as pessoas entenderão que isso se trata de um distúrbio.
Vale lembrar que existem outras síndromes que podem se associar ao autismo, mas, que por serem consideradas raras, não listamos aqui.
Intervenção
O tratamento sempre se pauta em intervenções realizadas por meio de medicamentos que procuram amenizar os efeitos dos transtornos. Entretanto, as terapias também são fundamentais para que a qualidade de vida da criança melhore de acordo com a intensidade das atividades e com a presença de uma equipe profissional que seja ideal para o caso da criança.